domingo, 16 de dezembro de 2012

Fonte de água, fonte de vida

Tarde de aventura: fomos explorar a mata ciliar e conhecer as nascentes do terreno, de onde vem a água que bebemos - coisa linda e essencial da vida!


Caminhamos por dentro do rio...


Outros explorando pela mata. Algumas pessoas desistiram no meio do caminho.

Pequena cachoeirinha agraciou a caminhada.





Voltamos pelo cainho mais fácil, pelo topo da montanha, apreciando as plantas e flores do cerrado.



 

 




Na horta: plantas companheiras e antagônicas

Conversamos sobre a combinação das diversas plantas, seguindo uma tabela que mostra as plantas companheiras e antagônicas:



Depois, partimos para a prática e fomos plantar nas hortas, como planejado:

 




Horta refeita - Foto Cleber

Novo canteiro de ervas medicinais - Foto Cleber

Quero acordar com os passarinhos, e o berimbau a me chamar...

Hoje sim, acordei na disposição para treinar! 

Começamos treinando em duplas no espaço estreito da varanda da casa. 

O primeiro aprendizado do dia: observar o ambiente e adaptar-se ao espaço. 

Como o espaço era pequeno, Mestre Cobrinha resolveu passar movimentos de rasteira, em que os parceiros deveriam ficar bem próximos. Ao final, falamos sobre essa característica na vida: observar o local onde chega para saber como se comportar. Também na permacultura, é preciso observar e conhecer o seu terreno para decidir o que fazer nele.




Depois, treinamos movimentos mais soltos na grama, quando ela já tinha secado um pouco mais...


 






Ao final do treino, na tradicional roda de conversa o mestre pediu que falássemos das nossas dificuldades. Emoções rolaram de pessoas que estão tentando voltar ou começar a treinar, e a dificuldade de o corpo "responder à mente". Falamos também sobre as dificuldades das mulheres em geral, quando têm filhos, para conciliar a capoeira com as outras funções da vida...


Iniciando a Agrofloresta

Partindo para a prática, fomos plantar algumas mudas em uma área de pasto, aproveitando para reflorestar aquele espaço.

Plantamos: graviola, café, goiaba, jambo, ipê roxo, amarelo e branco, jaca, pau-brasil, manga.

Para isso, primeiro abrimos os buracos






Depois, colocamos adubo, que foi o esterco de gado e as mudas.



Depois, colocamos uma cobertura com folhas secas para proteger o solo no local onde foram plantadas as mudas e conservar a umidade.


Por fim, foi feito um aceiro - uma barreira de proteção contra queimadas, limpando uma área de aproximadamente um metro de distância da cerca, em volta do terreno.



Em seguida, plantamos margaridão nessa área do aceiro. O margaridão foi retirado de uma área próxima do rio, que havia sido plantado no Permangola Minas do ano passado. No lugar do margaridão, também poderia ter sido plantada a palma, abacaxi ou cizal, que são plantas suculentas, difíceis de serem queimadas com o fogo. O margaridão deve ser sempre podado para manter suas folhas verdes (e não secas, para evitar a queima), já que ele responde bem à poda. Após a poda, o que for retirado serve ainda de matéria orgânica para as mudas plantadas.



O margaridão também foi plantado no entorno da área da Cultura Rotativa, onde plantamos o milho, feijão, abóbora e outros. Assim, também fará a função de proteger a área e sua futura pode servirá de matéria orgânica.



Enquanto isso, as crianças seguiam fazendo arte, com materiais recicláveis. Sabrina, angoleira, artista plástica e arte-educadora foi quem trouxe a idéia, a técnica e os materiais:



Como resultado, fizeram uma linda bolsa e alguns brinquedos.

sábado, 15 de dezembro de 2012

Acordando de cabeça para baixo, para funcionar melhor...

Sexta-feira, terceiro dia de permangola.
Para mim, ainda a primeira manhã acordando aqui.

Como tradicionalmente, com a presença de Mestre Cobra Mansa, a capoeira começou cedo, às 6h da manhã. Infelizmente, hoje meu corpo não estava em condições. Mas a inspiração, ao acordar vendo o pessoal de cabeça para baixo na grama, só fez crescer a vontade de estar bem para não perder o treino do dia seguinte...


Ao final do treino, como de costume, a roda de conversa, onde cada um falou das dificuldades e sentimentos durante o treino. A energia que o treino dá para começar o dia foi falada e podia ser sentida.


Depois do delicioso café da manhã, com frutas, chá de erva do jardim e o pão caseiro feito por Paulinho (irmão de Cobrinha), especialista no assunto, nos reunimos, primeiramente, para receber as boas-vindas de Isabel, organizadora do encontro. Ela contou sobre a experiência do Permangola Minas no ano passado e sobre as dificuldades encontradas no caminho, de lá até aqui. A maior dificuldade foi a manutenção das plantações (horta e cultura rotativa), pois não havia uma pessoa morando no local. Então, quando ela ficava um tempo maior sem poder vir para cuidar das plantas, elas sentiram muito. Foi sua primeira experiência com horta. Cobrinha chamou a atenção de que a horta necessita de manutenção e re-plantio, ou semanalmente ou de duas em duas semanas.


Depois, Cobrinha deu uma aula sobre agrofloresta. Ele desenhou uma agrofloresta imaginária e coletiva, em que fomos sugerindo o que plantar e, de acordo com as condições do terreno que imaginamos, ele ia explicando como, onde, em que tempos, cada cultura poderia ser plantada - quais precisam estar perto da água, na sombra ou no sol, na etapa inicial e de mais longo prazo, etc.



Em seguida, quem ocupou a mesa foram as crianças, para fazerem arte: